01520nas a2200157 4500000000100000008004100001653001000042653003100052653001500083100001900098700001200117700001400129245012100143856007300264520102500337 2024 d10aLepra10aCerimônias institucionais10aEducação1 aCristo M. L. P1 aAlves L1 aFrança S00aAs cerimônias institucionais e a (re)significação da internação no Leprosário de Marituba no Pará (1940-1970) uhttps://periodicos.uepa.br/index.php/sentidos/article/view/7972/34243 a

O artigo tem como objetivo analisar as cerimônias institucionais do Leprosário de Marituba-PA, no período 1940 a 1970, como processo de educação dos sentidos e sensibilidades do ex-interno Geraldo, uma cidade hospitalar construída em uma área de 375 hectares de mata virgem, que abrigou hospital, pavilhões, casas, cineteatro, igrejas e tantos outros espaços para internar perpetuamente centenas de vidas que foram infectadas pelo bacilo Mycobacterium leprae. Inspirado na história oral temática híbrida, unimos uma fonte oral a fontes documentais como o Álbum das organizações antileprosas (1948) e os jornais O Estado do Pará (1942) e Folha do Norte (1942). Utilizamos como referencial teórico: Bosi (1994), Foucault (2014), Goffman (1974) e Oliveira (2012). O leprosário constitui-se uma cidade da exclusão que ultrapassou a função de segregar para curar e figurou processos de uma educação construída a partir das relações de estímulos dialógicos entre internado e instituição.